Gravidez na adolescência
Este blog é resultado de um trabalho feito por alunos de Farmácia da UFRJ: Daniel Magalhães, Gustavo Leite, Tadeu Pereira. Visamos expor as informações mais pertinentes sobre a gravidez na adolescência e como ela afeta as pessoas envolvidas.
Bem vindos!
sábado, 9 de julho de 2011
Introdução
terça-feira, 5 de julho de 2011
Metodologia
Objetivo
Dados estatísticos
Gravidez Precoce
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,3% das jovens de 15 a 17 anos têm, pelo menos um filho. Em 1996, 6,9% das garotas de 15 a 17 anos já eram mães. Esse número subiu para 7,6% em 2006, ou seja, apenas 1% em 10 anos, porém foi a unica faixa etária em que a taxa de fecundidade aumentou no pais. Portanto as mulheres mais velhas estão demorando mais a terem filhos, enquanto as adolescentes estão se tornando mães mais cedo.
Na Região metropolitana do Rio de Janeiro, esse índice chega a 4,6% e na regiãometropolitana de Fortaleza, 9,3%. Na comparação com as pesquisas anteriores, Maranhão, Ceará e Paraíba continuam apresentando altas proporções de jovens adolescentes com filhos.
No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70. A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.
A pesquisa Nacional em Demografia e Saúde de 1996, mostrou um dado alarmante: 14% das adolescentes já tinham pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS, no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas gravidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.
Esse problema não se restringe ao Brasil. Ao todo 220mil adolescentes engravidam por dia no mundo.
Gráficos
Segundo o Censo do IBGE de 1991, a população de 10 a 19 anos corresponde a 21,84% do total da população brasileira, o que equivale a 32.064.631, sendo 50,04% do sexo masculino e 49,96% do sexo feminino (Brasil 1996). Sendo visto claramente na tabela abaixo:
Fonte: Brasil s/d, p. 5.
Percentual de partos em mães com menos de 20 anos de idade no Rio grande do Sul
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde/NIS
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| Idade da mãe |
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Referência | <12 | 12- 17 | 18 – 18 | 19- 19 | 20 e + | Total | Taxa de gravidez |
Ano |
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2004 | 2 | 3819 | 1836 | 1960 | 18038 | 25673 | 30,42% |
2005 | 4 | 3834 | 1802 | 1997 | 18685 | 26368 | 28,96% |
2006 | 7 | 3601 | 1848 | 1921 | 18629 | 26006 | 28,37% |
2007 | 5 | 3501 | 1571 | 1787 | 17887 | 24752 | 27,73% |
2008 | 2 | 2505 | 1120 | 1202 | 12601 | 17430 | 27,25% |
Conclusão
A partir dos dados apresentados, pode-se concluir que a gravidez na adolescência é um grave problema enfrentado pelo país nos últimos anos, pois apesar do número de partos de adolescentes no Brasil ser descrescente desde 2000, o percentual de gravídas jovens ainda é alto. Entretanto há uma necessidade de maiores instruções aos jovens sobre educação sexual, já que fatores como falta de informação, irresponsabilidade e o descaso com contraceptivos são as maiores causas da gravidez durante a adolescência. Além desses fatores, outro motivo que a instrução de jovens possa permitir é a diminuição do percentual de grávidas com menos de 20 anos. Como é mostrado no decréscimo de tais números no Rio Grande do Sul desde 2000, onde o nível da educação é um dos melhores do Brasil.
A partir dos gráficos pode-se perceber também que classes mais baixas tendem a um alto percentual de grávidas jovens no país, concomitantemente a taxa de fecundidade é maior em classes com menores quantias de renda. Taxa esta que inclusive aumenta 0,01% de 1992 a 2006 na classe com menor renda enquanto em outras classes este percentual dimunuiu 0,02% durante esses anos. Além deste fato, a contribuição das classes mais baixas para um alto número de grávidas jovens nos dados estatísticos, pode ser explicado pela distribuiçao deste número pelas regiões do Brasil, sendo que a região Nordeste mostra um maior percentual quando comparada a outras regiões, sendo esta a região com um grande número de pessoas de baixa renda e com menos acesso a campanhas governamentais ou instrução sobre métodos contraceptivos.
Sendo assim, pode-se dizer que a falta de instrução e investimento em campanhas que alertem os jovens sobre os problemas da gravidez na adolescência estão estreitamente ligados aos principais fatores que permitem, ainda hoje, um alto percentual de jovens grávidas no Brasil, pois classes e estados com menos acesso a essas informações são os maiores afetados pela gravidez precoce.