Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,3% das jovens de 15 a 17 anos têm, pelo menos um filho. Em 1996, 6,9% das garotas de 15 a 17 anos já eram mães. Esse número subiu para 7,6% em 2006, ou seja, apenas 1% em 10 anos, porém foi a unica faixa etária em que a taxa de fecundidade aumentou no pais. Portanto as mulheres mais velhas estão demorando mais a terem filhos, enquanto as adolescentes estão se tornando mães mais cedo.
Na Região metropolitana do Rio de Janeiro, esse índice chega a 4,6% e na regiãometropolitana de Fortaleza, 9,3%. Na comparação com as pesquisas anteriores, Maranhão, Ceará e Paraíba continuam apresentando altas proporções de jovens adolescentes com filhos.
No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70. A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.
A pesquisa Nacional em Demografia e Saúde de 1996, mostrou um dado alarmante: 14% das adolescentes já tinham pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS, no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas gravidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.
Esse problema não se restringe ao Brasil. Ao todo 220mil adolescentes engravidam por dia no mundo.
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