Bem vindos!

A espera de um filho é vista como uma benção e alegria para muitos, entretanto, para alguns, pode ser a perda da liberdade, diversão e relacionamentos além de acrescentar mais responsabilidade a vida dos pais. Esse é um exemplo de jovens que ao descobrirem sua sexualidade, em muitos casos precocemente, praticam o sexo com imprudência e como consequência privam o desenvolvimento natural da sua vida, da sua adolescência.

sábado, 9 de julho de 2011

Introdução

Diversos fatores contribuem para o quadro de gravidez na adolescência, mas é certo que meninas com mais escolaridade, objetivos e orientação em casa engravidam muito menos. Além disso, classes sociais mais favorecidas têm melhores indices quando se trata de gravidez precoce. Tal fato é atribuido a melhores instruções que os pais podem passar aos filhos. Por esses motivos, obviamente o índice de gravidez precoce registrado na classe social mais baixa acaba sendo maior.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Metodologia

Levantamento de dados usados pelo IBGE e/ou instituições estatísticas sobre o numero de adolescentes gravidas.

Uso de gráficos e tabelas, todos contendo referência bibliográfica.

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Objetivo

O objetivo desse trabalho é expor e divulgar os dados adquiridos para aumentar o leque de opções informativas sobre o tema.

Dados estatísticos

A população de estudo é composta por adolescentes na fase fértil analisados no período de 1993 a 2009. As amostras foram retiradas de órgãos brasileiros de estudo, sendo usados apenas os resultados, uma vez que os métodos foram descartados.

A faixa etária possui uma variável dependente, pois tendo em vista que há casos de gravidez super-precoces aos 10 anos de idade não é possível esperar uma frequência nos índices de gravidez comparados as frequências observadas.

Portanto o critério usado para considerar uma amostra adequada para analise foi a faixa etária entre 10 a 19 anos de idade da população brasileira feminina em fase fértil.

Gravidez Precoce

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,3% das jovens de 15 a 17 anos têm, pelo menos um filho. Em 1996, 6,9% das garotas de 15 a 17 anos já eram mães. Esse número subiu para 7,6% em 2006, ou seja, apenas 1% em 10 anos, porém foi a unica faixa etária em que a taxa de fecundidade aumentou no pais. Portanto as mulheres mais velhas estão demorando mais a terem filhos, enquanto as adolescentes estão se tornando mães mais cedo.

Na Região metropolitana do Rio de Janeiro, esse índice chega a 4,6% e na regiãometropolitana de Fortaleza, 9,3%. Na comparação com as pesquisas anteriores, Maranhão, Ceará e Paraíba continuam apresentando altas proporções de jovens adolescentes com filhos.

No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70. A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.

A pesquisa Nacional em Demografia e Saúde de 1996, mostrou um dado alarmante: 14% das adolescentes já tinham pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS, no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas gravidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.

Esse problema não se restringe ao Brasil. Ao todo 220mil adolescentes engravidam por dia no mundo.




Gráficos

Segundo o Censo do IBGE de 1991, a população de 10 a 19 anos corresponde a 21,84% do total da população brasileira, o que equivale a 32.064.631, sendo 50,04% do sexo masculino e 49,96% do sexo feminino (Brasil 1996). Sendo visto claramente na tabela abaixo:

n45a04i1.jpg (37984 bytes)

Fonte: Brasil s/d, p. 5.



Boa parte das mães jovens não estão preparadas para assumir a responsabilidade que é ter e cuidar de um filho. Tendo em vista casos assim, o aborto é uma das medidas mais procuradas como solução.
Na grande metrópole paulista o número de abortos de jovens comparados as outras faixas etárias é alarmante. Visto no quadro abaixo:

n45a04i2.jpg (32195 bytes)

Fonte: Folha de S. Paulo 1997, p. 8.






Nascidos vivos ocorridos e registrados no ano, idade da mãe na ocasião do parto = menos de 15 anos/ 15-19 anos e locas do nascimento - Brasil/ Sexo = Total.










Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de responsabilidade. Por isso, quando uma adolescente engravida, não é apenas a sua vida que sofre mudanças. O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada.


























Fonte:http://www.associacaopaulistaviva.org.br/_img_noticias/428.jpg. Consultado em 26/06/2011






















Fonte: IBGE/PNAD de 1992 e 2006. Elaboração IPEA






Motivos atribuídos a gravidez na adolescência.

Fonte: http://almmmuvgna.blogspot.com/. Consultado em 26/06/2011




Percentual de partos em mães com menos de 20 anos de idade no Rio grande do Sul

Fonte: Secretaria Estadual da Saúde/NIS







Idade da mãe




Referência

<12

12- 17

18 – 18

19- 19

20 e +

Total

Taxa de gravidez

Ano



Número de nascimentos





2004

2

3819

1836

1960

18038

25673

30,42%

2005

4

3834

1802

1997

18685

26368

28,96%

2006

7

3601

1848

1921

18629

26006

28,37%

2007

5

3501

1571

1787

17887

24752

27,73%

2008

2

2505

1120

1202

12601

17430

27,25%

Conclusão

A partir dos dados apresentados, pode-se concluir que a gravidez na adolescência é um grave problema enfrentado pelo país nos últimos anos, pois apesar do número de partos de adolescentes no Brasil ser descrescente desde 2000, o percentual de gravídas jovens ainda é alto. Entretanto há uma necessidade de maiores instruções aos jovens sobre educação sexual, já que fatores como falta de informação, irresponsabilidade e o descaso com contraceptivos são as maiores causas da gravidez durante a adolescência. Além desses fatores, outro motivo que a instrução de jovens possa permitir é a diminuição do percentual de grávidas com menos de 20 anos. Como é mostrado no decréscimo de tais números no Rio Grande do Sul desde 2000, onde o nível da educação é um dos melhores do Brasil.

A partir dos gráficos pode-se perceber também que classes mais baixas tendem a um alto percentual de grávidas jovens no país, concomitantemente a taxa de fecundidade é maior em classes com menores quantias de renda. Taxa esta que inclusive aumenta 0,01% de 1992 a 2006 na classe com menor renda enquanto em outras classes este percentual dimunuiu 0,02% durante esses anos. Além deste fato, a contribuição das classes mais baixas para um alto número de grávidas jovens nos dados estatísticos, pode ser explicado pela distribuiçao deste número pelas regiões do Brasil, sendo que a região Nordeste mostra um maior percentual quando comparada a outras regiões, sendo esta a região com um grande número de pessoas de baixa renda e com menos acesso a campanhas governamentais ou instrução sobre métodos contraceptivos.

Sendo assim, pode-se dizer que a falta de instrução e investimento em campanhas que alertem os jovens sobre os problemas da gravidez na adolescência estão estreitamente ligados aos principais fatores que permitem, ainda hoje, um alto percentual de jovens grávidas no Brasil, pois classes e estados com menos acesso a essas informações são os maiores afetados pela gravidez precoce.